sexta-feira, 1 de junho de 2007

AS NOVAS CONSTRUÇÕES "BY LAW"


Após constatações e estatísicas assustadoras, nascem algumas propostas revolucionárias, políticas e urbanísticas para mudar ao mesmo tempo, a organização social e a organização das habitações e conjuntos habitacionais. Um grupo de funcionários e políticos radicais promovem um série de inquisições sobre as condições de vida nas cidades. Os piores detalhes sobre as casas e os operários são apresentados à opinião pública, que reagem e reclamam uma intervenção: mas foram necessários anos de discussões acirradas para se votar a primeira lei sanitária.
Estabelece-se assim um novo modelo de cidade, no qual obtêm-se sucesso imediato e duradouro: permite organizar e fundar as cidades coloniais em todas as partes do mundo e ainda influencia de maneira determinante a organização das cidades em que vivemos hoje. É gerado um espaço mínimo necessário para fazer funcionar o conjunto da cidade necessário para a rede de percursos (ruas, praças, estradas de ferro, etc.) e para a rede de instalações (aquedutos, esgotos, eletricidade, telefone, etc.); a utilização dos terrenos urbanizados depende dos proprietários individuais, os regulamentos que limitam as medidas dos edifícios em relação às medidas dos espaços públicos, e fixam as relações entre edifícios contíguos; as linhas de limite entre o espaço público e o espaço privado - as frentes para as ruas - bastam para formar o desenho das cidades.


A periferia a ser organizada faz aumentar o custo das moradias, e obriga a conservar um certo número de habitações precárias para as classes mais pobres; tende a tornar-se compacta, e não deixa lugar para estabelecimentos industriais, amarmazéns e etc. Esses elementos - necessário à cidade mas incompatíveis com o desenho até agora descrito - são levados para uma "terceira faixa", o subúrbio, que é impelida sempre pra mais longe, à medida que a cidade cresce.
Alguns defeitos mais evidentes das cidades são atenuados por alguns corretivos: parques públicos - que oferecem uma amostra artificial do campo, agora inalcançável - e as "casas populares" construídas com o dinheiro público. A cidade atual se sobrepõe à cidade antiga, e tende a destruí-la: interpreta as ruas antigas como ruas-corredor, elimina casos intermediários entre utilização pública e privada do solo e considera os edifícios como manufaturados intercambiáveis, ou seja, permite demolí-los e reconstruí-los.

Segue-se assim um ciclo de adequações habitacionais e urbanísticas, que conduzirão sempre a novos fatos, que exigirão outros modelos e planos para a excelência da qualidade de vida nas cidades. Uma tarefa que desafia-nos até hoje.


Um comentário:

Clara Luiza Miranda disse...

Muito bom, traze as refeências também nos textosdos posts